Boa tarde!
Meu nome é Eric Anderson Martins Miranda. Tenho 35 anos (faço 36 em julho) e até os 32 nem prestava atenção aos meus cabelos. Lavava-os com sabonete, secava, punha o capacete e saía pra trabalhar/dar rolé.
Um dia, um amigo do trabalho, nos idos de 2005, me disse "o telhado tá raleando". Nem dei atenção. Pensei que ele tava falando da falha de cabelo que eu tinha no alto da cabeça por causa de girar de cabeça no chão, fazendo capoeira. No mesmo ano, enquanto eu cortava o cabelo no barbeiro (cabeleireiro é coisa de bilola) percebi como uma entrada ia se formando do lado direito da minha testa. Nem liguei, pensei que era passageiro, que o cabelo ia crescer de novo, nem liguei mesmo.
Mas logo comecei a me preocupar. Careca eu ia ficar mais feio ainda. Comecei a lembrar de artigos que eu lera, onde os altos, magros e cabeludos têm os melhores salários. Por outro lado, uma calvície tem seu charme. Pesei os prós e contras e decidi aceitar um destino destelhado.
Ao visitar um dermatologista, por conta de uma verruga, aproveitei e pergutei-lhe sobre minha queda de cabelo. O tio médico era um cara legal, meio surdo mas gente fina. Examinou minha cabeça, disse que meu couro cabeludo era oleoso, que eu deveria lavar o cabelo com cetoconazol. Recomendou também que eu parasse de usar gel no cabelo, além de evitar andar de moto (por conta do abafamento do capacete). Hoje eu sei que, apesar da parte do cetoconazol ter alguma importância, o resto é bobagem.
De outra feita, também na dermatologista, desta vez uma médica, também muito simpática, após ela me recomendar um remédio para micose de unha, perguntei-lhe sobre a queda do meu cabelo. Ela deu uma examinada, e me receitou um remédio chamado "Avicis" da Aventis. Disse pra eu usá-lo, sem garantias, durante 6 meses e que eu analisasse o resultado. Ela não tinha equipamento adequado para documentar sucesso ou fracasso. Também não parecia entusiasmada em recuperar minhas melenas. Usei o tal do Avicis, por uns 6 meses. Até notei uma melhora. Eu aplicava localmente em uma área pequena (uma porque o remédio é caro pra cacete, outra porque é de difícil aplicação). Na área em que eu aplicava o remédio, notei uma melhora na população de cabelos, porém, não tinha como medir cientificamente. Parei de usar: é difícil de aplicar, custa muito caro, e eu não tinha acompanhamento adequado.
Um dia, procurando na intenet, achei o site de um médico, Dr Sandro alguma coisa, filho da sumidade em implantes de cabelos. Apesar de respeitar muito quem tem coragem de plantar uns fiozinhos na testa e pentear pra trás, eu esperava alguma análise científica da minha situação. Mesmo que fosse um diagnóstico negativo do tipo "conforme-se e compre um lustrador de testa". Ao chegar no consultório do Dr Sandro, o mesmo me fez umas perguntas de rotina (acho que é rotina perguntar histórico familiar, se eu tenho diabetes etc) e, subitamente, saiu de seu lugar do outro lado da mesa e veio me mostrar seu implante... Aqueles cabelinhos plantadinhos simetricamente, penteados pareciam mais cabelo de boneca... Perguntei-lhe sobre possíveis tratamentos, que tipo de queda de cabelo eu estava tendo mas ele desconversou. Praticamente me disse "espera seu cabelo cair mais, depois vem aqui me pagar uns 10000 reais pra fazer uma plantaçãozinha no seu cucuruto"=P.
Novamente pesquisando na internet, me deparei com duas surpresas agradáveis: uma foi um medicamente cientificamente desenvolvido e testado (respeito também quem passa bosta de urubu na cabeça, bebe caracu plantanto bananeira, lava o cabelo com abacate etc) além de uma cientista, a Dra Denise Steiner. O medicamento é a finasterida, custa 100 reais 30 cápsulas na caixa do fabricante que desenvolveu o produto, a Merck. Tem genérico por 25 reais, e muitas farmácias de manipulação também vendem cápsular por preço menor que o original da Merck (Propecia). O detalhe é que na bula cita uma possível perda da libido e disfunção erétil(
http://bulas.cxpass.net/index.asp?C=A&V=66506F737449443D36343631266163743D73686F7752656164436F6D6D656E7473). Já uma consulta com a Dra Denise, era muito cara pra minha condição social =P. Li, reli, trili, e li de novo e de novo muitos papers, depoimentos, estudos propagandas e tudo sobre a finasterida. Após ter um bom nível de certeza de que o remédio era seguro, comprei minha primeira caixa. Minha esposa foi contra, argumentou que eu estava tomando remédio sem prescrição etc. Por uns 4 meses eu consegui comprar o remédio, mas depois desisti de brigar com a minha mulher =P. O interessante, foi que eu não tive os problemas de libido e ereção, e a melhora no volume do meu cabelo foi notório. Meus amigos perceberam a melhora no alto da minha cabeça...
(Esse post tá muito comprido... Vou parar ele por aqui e postar o resto em outro)